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Empresas rivais desenvolvem medidas para reagir ao monopólio do Ifood no Brasil

  • PUBLICADO EM: 23/03/2022
  • Tempo estimado de leitura: minuto(s).

iFood corresponde a mais de 80% das vendas de delivery em marketplaces; restaurantes estão descontentes, e empresas de todos os tamanhos querem uma fatia do mercado

No dia 6 de janeiro de 2022, uma notícia pegou muita gente de surpresa: o Uber Eats deixaria de entregar refeições em 7 de março, dali a dois meses, passando a se dedicar apenas a supermercados e logística. A saída de uma gigante causou perplexidade: será que ninguém mesmo consegue fazer frente ao iFood? Desafiantes não faltam: de empresas de gestão a outras companhias enormes, todo mundo quer abocanhar uma fatia do mercado. E interessados sobram: restaurantes têm críticas e reclamações de sobra.

Como o iFood virou sinônimo de delivery

Você, leitor, provavelmente tem o iFood instalado no seu celular. Eu tenho. O aplicativo virou para mim a primeira opção quando quero comer alguma coisa que não tem em casa.Mas como chegamos aqui?

“Queimar dinheiro” com marketing e estratégias agressivas foi um dos caminhos para conquistar a preferência do cliente. “O iFood joga com outras regras”, comenta Renato Almeida, da CEO da Consumer.

A Consumer desenvolve sistemas de gestão para restaurantes e desde 2017 conta com o MenuDino, que permite que os estabelecimentos criem seus aplicativos próprios de delivery.
“O mercado de delivery depende muito desse fluxo de queima de dinheiro. É uma briga de milhões e milhões de reais. O iFood não dá lucro, e queima o caixa para crescer”, diz Kerler Chaves, CEO da KCMS, empresa de tecnologia que fornece ferramentas para restaurantes.

Um diferencial do iFood foi encontrar novas formas de conseguir dinheiro para queimar. É o que explica Dennis Nakamura: ele é sócio do O Board, mentor de startups e ex-gestor do iFood.
Nakamura chama esses novos negócios da empresa de “spin-offs”.

O iFood começou em 2011 com venda de comida e, em 2015, entrou no mercado de entregas. Depois, em 2016, veio a revenda de embalagens para os restaurantes, seguida por outros insumos.

“Em cada um desses serviços, o iFood cobra uma parte como qualquer banco ou prestador de serviços”, explica Nakamura. “Ele cria e fornece novos produtos e serviços para a sua própria base de consumidores e clientes que já possui.” O ex-gestor do iFood, porém, diz que não é apenas questão de investir todo o caixa. Ele destaca outras estratégias.
Uma delas são os algoritmos da plataforma que ajudam os restaurantes a venderem mais. “Esse é o maior objetivo do parceiro que entra para o iFood”, comenta Nakamura.

Os pagamentos no próprio aplicativo também deram mais segurança e praticidade a consumidores, além de criarem possibilidades de presentear amigos e familiares que estão em outro lugar. Por fim, e talvez o mais importante nisso tudo, vêm os entregadores. No começo, o iFood estava disponível apenas para os restaurantes que já tinham delivery, mas a empresa foi além.

“Chegou num ponto que precisávamos entregar também, pois muitos restaurantes não possuíam e nem gostariam de ter entregadores próprios”, conta Nakamura. “Isso possibilitou diversos restaurantes que antes não gostariam ou não podiam ter entregadores próprios a fazerem delivery.”

O iFood respondia por 83% dos pedidos nos chamados marketplaces, que agregam diversos restaurantes, de acordo com estimativas feitas no do segundo trimestre de 2021 a partir da emissão de notas fiscais. O restante ficava dividido entre o Uber Eats (13%) e o Rappi (4%).

Os atrativos parecem muitos, mas tem gente que quer mesmo é cair fora.

iFood domina vendas — e reclamações

Luise Macedo abriu o Buena Onda Burritos há mais de três anos em Ponta Grossa (PR). O estabelecimento está no iFood, mas a dona não está contente com a plataforma. Ela se queixa que a empresa adotou uma forma de gamificação, colocando desafios para o restaurante “subir de nível” no marketplace. E estas exigências não levam em consideração a realidade do estabelecimento.

“No iFood, eu estou há três anos mas ainda sou tida como iniciante, porque meu cardápio não tem tantas opções”, diz a proprietária. Ela explica que, como seu restaurante é pequeno, a proposta é ter poucos itens no menu. Só que o iFood ignora isso.

Quem também tem queixas sobre o iFood é Mário Rabelo, um dos sócios do Generoso Burger. O Generoso começou em 2019 no Largo São Francisco, na região central de São Paulo (SP), e se mudou para o bairro de Vila Buarque em abril de 2021.

Drone da Speedbird leva entregas do iFood (Imagem: Divulgação / iFood)

Mas foi em 2020 que seu negócio teve uma mudança brusca, com o início da pandemia de COVID-19. O Largo São Francisco, área comercial com bastante movimento de trabalhadores e estudantes da Faculdade de Direito, ficou deserto da noite para o dia.

A saída foi recorrer aos marketplaces — e enfrentar as dores de cabeça. Falando ao Tecnoblog, Mario reclama das arbitrariedades do iFood.
Ele diz que o aplicativo, em dados momentos, reduz a área de entrega do Generoso de 7 km para 1 km. A justificativa é a alta demanda. “Se a região está com alta demanda, eu quero fazer parte disso, desse momento de venda”, questiona.

Outro problema é a falta de controle sobre promoções que a própria plataforma cria. Mário conta que, por causa das altas nos preços, precisava fazer uma alteração em um dos combos do cardápio, mas não conseguiu. O iFood, no entanto, criou uma oferta ligada à Coca-Cola, bloqueando o item.

“Eu não consigo alterar o valor do combo. Você entra na plataforma, na parte de promoções, e não existe uma opção para gerenciar as promoções. Tem que abrir um chamado, e ele tem um tempo de 72h de análise. E isso por uma coisa que eu não pedi. O iFood controla isso, e nesse caso quem paga é o pequeno. Ou o desativo o combo, ou deixo e tomo prejuízo.”
Mário Rabelo, sócio do Generoso Burger

Existe vida fora do iFood?

Mário e Luise podem estar a centenas de quilômetros um do outro, mas uma coisa os une: os planos de deixar de vender pelo iFood. Hoje, o Buena Onda Burritos funciona só com delivery. Luise, aos poucos, tenta migrar seus clientes para seu aplicativo e site próprios, feitos com o MenuDino. Por lá, ela consegue vender mais barato, sem as taxas do iFood.

Luise também quer aumentar o local do Buena Onda para receber seus clientes pessoalmente. O atendimento no salão é um dos fatores em que Mário se apoia para atingir sua meta para 2022: sair do iFood. Ele conta que o aplicativo já respondeu por 100% do seu faturamento; hoje, com a melhora na situação da pandemia, o movimento no local aumentou, e a plataforma representa algo entre 30% e 40%.

No Buena Onda de Luise, o iFood corresponde a uma porcentagem ainda menor das vendas: 20%, sendo que ela ainda não tem espaço para receber clientes. O segredo para isso é trabalhar a marca nas redes sociais, direcionar seus clientes para o aplicativo próprio e fidelizar os consumidores.

Mário quer testar um modelo de delivery com entregadores próprios, de bicicleta, para a região da Santa Cecília, no centro de São Paulo. O sócio do Generoso Burger critica a precarização dos entregadores do iFood. “Eles precisam fazer dezenas de entregas para ganhar uma grana. Eles vêm aqui e estão estressados, às vezes a gente está com uma fila grande e o cara quer pegar o dele logo. Isso atrapalha o movimento do salão.”

Colocando o delivery na receita

Renato Almeida, CEO da Consumer, diz que é possível ficar sem o iFood, mas o dono do restaurante precisa investir mais tempo e dinheiro, além de assumir mais responsabilidades.
Almeida conta que as taxas são a principal queixa dos restaurantes que procuram a Consumer. “Hoje, o iFood é um sócio novo que [o dono do restaurante] tem.” A Consumer, companhia por trás do MenuDino, conta com uma ferramenta de compra de anúncios chamada ConsumerAds, que trabalha junto à ferramenta de propaganda do Google.

Quem também veio da gestão dos restaurantes para o delivery foi a KCMS. A empresa existe há 23 anos, e há 15 começou a desenvolver softwares, primeiro para supermercados, depois para restaurantes. Hoje, ela oferece sistemas para delivery e tem planos gratuitos para os restaurantes.

Chaves, CEO da KCMS, diz que, em alguns casos, os restaurantes que adotaram sua solução conseguiram diminuir as taxas pagas para os marketplaces de R$ 30 mil reais mensais para R$ 5 mil. O executivo também bate na tecla da necessidade do marketing. “Na pandemia, a concorrência aumentou absurdamente. Um restaurante concorria com dez, 15 e passou a concorrer com 100”, comenta.

Grandes redes e aplicativos de transporte vêm aí

Quem vem comendo pelas beiradas é a 99Food, da 99, mais famosa por seu serviço de transporte individual com motoristas particulares. Se você mora em uma capital ou cidade grande e nunca viu a 99Food, saiba que não é por acaso. A empresa falou com o Tecnoblog também por e-mail e explicou seu plano.

“Nossa estratégia é iniciar nossas operações regionalmente, em cidades de pequeno e médio portes. Começamos pequenos para termos a certeza de que estamos entregando os melhores e mais variados produtos com a melhor qualidade e preço para nossos consumidores.”

Uma dessas cidades médias é justamente Ponta Grossa, onde Luise tem a Buena Onda Burritos. Ela conta que a empresa vem prometendo grandes atrativos, como taxas menores que o iFood por seis meses, mas experiências passadas com outras plataformas deixaram os donos de estabelecimentos receosos.

O 99Food também não trabalha com contratos de exclusividade, que é uma das grandes críticas feitas ao iFood. A 99 e outras empresas recorreram ao Cade para impedir esse tipo de acordo.

“Em junho de 2021, a 99Food se juntou à Rappi Brasil, ao Uber Eats e à Abrasel. Levamos uma representação ao Cade, para que o órgão regulamente a atuação do iFood e impeça a imposição de barreiras ao mercado e ao crescimento de sua marca”, explica o braço de entregas de comida da 99.

Fonte: Tecnoblog

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